Câncer de Rim
O câncer de rim é o terceiro tumor mais frequente do sistema urinário e representa entre 3% e 4% de todas neoplasias malignas no mundo. O tipo mais comum é o carcinoma de células renais, representando em torno de 80-85% dos cânceres renais.
Para o ano de 2040, segundo estimativas, o número de casos de câncer de rim no mundo será de 666 mil – no Brasil, em torno de 19 mil. Geralmente, a doença acomete pessoas com idade entre 50 e 70 anos e é mais preponderante no sexo masculino – os homens tem duas vezes mais chances do que as mulheres de desenvolvê-la.
Quais são os tipos de câncer de rim?
- Carcinoma de células renais claras: é o mais comum e corresponde a 75% dos casos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
- Carcinoma papilar de células renais: presente em 10% dos casos, é o segundo tipo mais comum de câncer de rim.
- Carcinoma cromófobo de células renais: corresponde a 5% dos diagnósticos.
- Outros cinco tipos correspondem a 1% dos casos: CCR do ducto coletor, CCR cístico multilocular, carcinoma medular, carcinoma tubular mucinoso e de células fusiformes, CCR associado ao neuroblastoma, sarcoma renal e tumor de Wilms, que acomete crianças e raramente adultos.
Os tumores começam a surgir após algumas mutações no DNA das células renais, levando a um crescimento anormal e desordenado das células, formando, então, massas tumorais.
Fatores de risco
Entre os fatores de risco destacam-se: tabagismo (o principal deles), idade avançada, hipertensão, obesidade, doença cística dos rins, insuficiência renal, uso prolongado de diálise, uso e exposição de determinadas substâncias, bem como histórico familiar de câncer de rim.
É importante deixar claro que isso não necessariamente quer dizer que o indivíduo irá desenvolver a doença. Algumas pessoas com diversos fatores de risco nunca serão diagnosticadas com câncer de rim, enquanto outras com nenhum deles podem desenvolvê-lo.
Câncer de rim e seus sintomas e diagnóstico
Os sintomas do câncer de rim são variados e comumente só surgem em vigência de seu estado avançado. Portanto, a maioria dos pacientes é assintomática ao diagnóstico.
As manifestações clássicas são hematúria (sangue na urina), dor ou ardência ao urinar, dor nos flancos (região lateral da barriga) e/ou na lombar, massa abdominal palpável, perda de peso sem motivo aparente, anemia, febre e demais sintomas sistêmicos como alterações no fígado, hipertensão arterial e problemas hormonais.
As alterações hormonais ocasionadas pelo tumor são chamadas de síndrome paraneoplásica, cujas manifestações clínicas estão diretamente relacionadas ao tipo de hormônio produzido.
Todos esses sinais e sintomas não necessariamente são câncer de rim. Por isso é fundamental sempre ter um acompanhamento médico para a realização de exames, que podem ser necessários para comprovar a hipótese de tumor renal. São utilizados métodos de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética, além de exames de sangue, urina e também biópsia ou cirurgia. Tudo vai depender de cada caso, variando de acordo com o tipo, extensão e localização do tumor.
Tratamento
Normalmente o órgão afetado é removido, mas há a possibilidade, em casos em que o tumor é pequeno, de apenas uma parte do rim, a afetada, ser retirada. Há situações em que o paciente também necessita de um transplante de órgão.
Imunoterapia, terapia-alvo, quimioterapia e radioterapia são tratamentos comuns e indicados para o câncer de rim. Também existem tratamentos minimamente invasivos: crioablação e radiofrequência. O primeiro congela e destrói as células cancerígenas, enquanto que o segundo faz as suas eliminações por aquecimento.
O câncer de rim, quando diagnosticado precocemente possibilita melhores diagnósticos e, consequentemente, maiores chances de cura. Por isso é fundamental sempre fazer exames de rotina, ainda mais se o indivíduo contar com histórico familiar. Caso necessite, agende uma consulta agora mesmo!
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