Mariane Fontes MD

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Julho: mês de conscientização do câncer de bexiga

Os sintomas do câncer de bexiga são comumente confundidos com outras doenças, como a infecção urinária. Por isso, é importante conscientizar a população sobre todos os sintomas, tratamentos e prevenção.

Com esse intuito, julho é o mês de conscientização do diagnóstico precoce do câncer de bexiga – #JulhoRoxo -, que, de acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), deve registrar 11.300 novos casos no país até o ano de 2025.

No ano de 2022, por exemplo, houve 11.370 diagnósticos da doença, sendo 7.870 homens e 3.500 mulheres. A negligência dos sintomas, que tem como consequência a demora por atendimento especializado, pode levar a diagnósticos avançados do câncer de bexiga.

O que aumenta o risco do câncer de bexiga?

Homens com idade avançada e de pele branca são os mais propensos a desenvolverem a doença, além das pessoas que fumam, fato que triplica o número com relação a indivíduos que não são adeptos ao tabagismo – o vício é responsável por 50% dos casos.

A exposição a agentes carcinógenos, como o benzeno, e irritações, infecções e cálculos crônicos também predispõem ao câncer de bexiga.

Sinais e sintomas

Tanto em seu estágio inicial quanto em sua fase metastática, o sangue na urina (hematúria) é o principal sinal da doença. O desconforto – com ardência – também é bastante frequente, assim como:

  • Aumento da frequência de urinar;
  • Urgência em ir ao banheiro mesmo com a bexiga vazia;
  • Sensação de dor ou queimação no ato de fazer xixi.

Todos esses sinais são suspeitos. Um médico especialista ao observar vai indicar a realização de exames.

Em casos mais avançados podem acontecer a perda de peso e do apetite, cansaço, fraqueza, dor óssea e incapacidade de urinar. Entretanto, esses indicativos podem ser outras doenças – como, por exemplo, infecção urinária, bexiga hiperativa, pedra nos rins e bexiga e aumento benigno da próstata.

É importante destacar que, diferentemente dos outros tipos, o câncer de bexiga não conta com um exame de rastreamento. Portanto, não existem exames regulares para a doença.

Tratamento

Alguns exames de imagem – ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética – é o médico quem faz, além da análise do histórico clínico do paciente para no final ter um diagnóstico preciso.

Em casos da doença em estágio inicial, há a ressecção transuretral da bexiga – nada mais é do que uma raspagem no local. Associado a esse tratamento, pode ser aplicado drogas como BCG, imunoterápicos ou quimioterápicos dentro da bexiga.

A retirada de toda a bexiga (cistectomia radical) – pode ser precedida pela quimioterapia – é feita quando os tumores invadem a musculatura do órgão. Quando o estágio da doença está avançado (metástase que pode ocorrer no fígado, pulmões e ossos, por exemplo, sendo mais raro em outros órgãos), o tratamento mais adequado é a quimioterapia ou imunoterapia.

Prevenção do Câncer de bexiga

A principal prevenção é evitar o tabagismo e também o fumo passivo, que é a inalação de fumaça por pessoas não fumantes. Ter como rotina uma alimentação balanceada (dietas ricas em vegetais e carnes magras), beber bastante líquido, bem como praticar atividades físicas regularmente também são formas de prevenção da doença.

Aproveite o mês de conscientização sobre o câncer de bexiga e busque orientação, acompanhamento médico especializado e realize exames periódicos. O diagnóstico precoce, dessa forma, faz diferença para qualquer tipo de doença. Por fim, agende uma consulta conosco!