Quimioterapia
A quimioterapia é um tipo de tratamento que inclui um ou mais medicamentos para tratar o câncer. Seu objetivo é parar ou lentificar o crescimento da doença. É considerada um tratamento sistêmico, o que significa que atinge todas as partes do corpo.
A escolha do tipo de quimioterapia a ser utilizada vai depender do tipo de câncer, do seu tamanho, das condições clínicas do paciente, dentre outros fatores, sempre cumprindo uma série de protocolos e análises. Cada ciclo pode ser feito com quantidades de doses diárias, semanais ou mensais.
Como se preparar para uma quimioterapia?
Alguns protocolos de preparo prévio são seguidos para a realização da quimioterapia, como o uso de certos medicamentos e ingestão de vitamina B12, por exemplo. Antes de iniciar o tratamento, o paciente passa por um acompanhamento psicológico, nutricional, de enfermagem e da farmácia clínica, para que sejam passadas informações e orientações sobre todos os medicamentos que vão fazer parte do procedimento e o período do tratamento.
O tempo de duração de cada sessão vai depender do tipo de tumor e da quantidade de medicação que será aplicada – pode durar de uma hora até 48h, quando há uma infusão mais longa. A maioria dos tratamentos com quimioterapia são realizados em ambulatórios e day-clinics, somente em situações excepcionais os tratamentos requerem internação hospitalar.
A realização de atividades físicas moderadas é bem-vinda antes, durante e depois da quimioterapia, pois é a melhor forma de lutar contra a fadiga e indisposição que o tratamento irá lhe causar (lute contra isso, o exercício controla o peso e aumenta a resistência aos efeitos colaterais). Também não deixe de se alimentar, sempre respeitando a sua vontade e priorizando alimentos saudáveis.
Os tipos de quimioterapia e como ela é administrada
O tratamento com quimioterapia pode ser feito das seguintes maneiras:
- Via oral: em forma de comprimidos, cápsulas e líquidos;
- Intravenosa: é aplicada diretamente na veia ou por meio de cateter;
- Intramuscular: é aplicada por meio de injeções no músculo;
- Subcutânea: é aplicada por injeções abaixo da pele;
- Tópico: é aplicada na região afetada por meio líquido ou pomada;
- Intratecal: é aplicada no líquor (líquido da espinha) – é um método menos frequente e utilizado em situações específicas.
A duração da quimioterapia não tem um tempo determinado e vai depender de cada caso e do esquema a ser aplicado, somente o médico pode determinar o fim do tratamento, que pode ser complementada com outros tipos – como a radioterapia ou a cirurgia – com as suas classificações sendo:
- Quimioterapia neoadjuvante: usada antes da cirurgia com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e o risco de recidiva.
- Quimioterapia adjuvante: usada após a cirurgia com o objetivo de reduzir o risco de recidiva.
- Quimioterapia curativa: usada para cânceres que podem ser curados somente com quimioterapia.
- Quimioterapia e radioterapia concomitantes: usada para potencializar os efeitos da radioterapia.
- Quimioterapia paliativa: usada apenas para o controle do câncer, pois ele não tem mais cura. Capaz de controlar os sintomas e aumento do tumor resultando em uma melhor qualidade de vida do paciente.
Como ela age no corpo e os seus efeitos colaterais
O tratamento com quimioterapia geralmente tem uma ação veloz em células cancerígenas e que têm um crescimento rápido, mas também pode afetar células normais, o que ocasiona os efeitos colaterais.
Por exemplo, as células do sangue se multiplicam rapidamente e frequentemente são afetadas pelo tratamento com quimioterapia. As células brancas (leucócitos) protegem nosso corpo de infecções. Sua baixa (leucopenia e neutropenia) é um evento comum que pode tornar o paciente mais suscetível à infecção. As células vermelhas (hemácias) são responsáveis por carregar oxigênio no corpo. Sua redução (anemia) pode resultar em fadiga, dor torácica e falta de ar.
As plaquetas são responsáveis pela coagulação e sua diminuição (trombocitopenia) pode resultar em aparecimento de hematomas e sangramentos. Outra estrutura que é frequentemente afetada é o cabelo. Sua perda (alopecia) é reconhecida como um efeito colateral comum do tratamento. Entretanto, cabe ressaltar que nem todas as quimioterapias a ocasionam.
As células que revestem o aparelho digestivo (estômago, intestinos, etc) também podem ser comprometidas resultando em vômitos e diarreia, e podem em muitas situações serem acompanhadas de náusea.
Questões de idade, doenças associadas (comorbidades), estado nutricional, emocional e de hidratação do paciente, e estadiamento do câncer são alguns dos fatores que podem contribuir para os efeitos colaterais proporcionados pela quimioterapia, que pode ser usada de forma isolada ou combinada. Atualmente, conseguimos manejá-los de forma eficiente o que tornou a experiência de tratamento com essas medicações mais tolerável.
A quimioterapia é uma batalha necessária. Enfrente-a da melhor forma. Sempre que você tiver dúvidas relacionadas ao tema, tire-as com o seu médico. Caso necessite, agende uma consulta agora mesmo!
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