Em um levantamento, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostrou que mais de 700 mil casos anuais de câncer serão diagnosticados no Brasil entre os anos de 2024 e 2025. A pesquisa levou em consideração 21 tipos de câncer, os de maiores ocorrências.
O relatório trienal denominado Estimativa 2023 – Incidência do Câncer do Brasil mostrou que o câncer de pele não melanoma é o mais incidente com mais de 30% do total dos casos. Outro fato relevante é que as regiões Sul e Sudeste terão concentração de 70% dos 704 mil diagnósticos previstos.
Desde 1995 promovendo informações atualizadas e abrangentes sobre o tema, o INCA incluiu pela primeira vez no levantamento os cânceres de fígado e pâncreas.
Câncer e suas maiores incidências
Correspondendo a 31,3% dos casos, o câncer de pele não melanoma ocupa a primeira posição dos futuros diagnósticos – muito por conta da exposição prolongada aos raios solares. O câncer de mama e o de próstata ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, com 10,5% e 10,2%. Com 6,5% do total, o câncer de cólon e reto vem na sequência, seguido pelo câncer de pulmão, com 4,6%, e câncer de estômago, com 3,1%.
Cerca de 30% dos casos de câncer, segundo o INCA, podem ser evitados com mudanças no estilo de vida. Uma pesquisa global liderada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) mostrou que a falta de informação segue sendo uma das principais barreiras contra a conscientização sobre a doença:
- 70,4% dos brasileiros não reconhecem a atividade física como fator de proteção contra o câncer;
- 69,5% não associam o excesso de peso à maior chance de desenvolver tumores malignos.
Excesso de peso corporal
Você está com excesso de peso? O sobrepeso é um dos fatores de risco externos que pode ajudar no desenvolvimento do câncer. Mantenha o peso corporal dentro dos limites recomendados de índice de massa corporal (IMC), que para adultos saudáveis é de 18,5 a 24,9kg/m².
Dados do INCA indicam que os gastos totais com os cânceres que têm associação com o excesso de peso em 2030 pode chegar a R$ 4,18 bilhões e a R$5,66 bilhões em 2040.
Consumo de bebidas alcoólicas
O INCA não indica qualquer tipo e quantidade seguro para a ingestão de bebidas alcoólicas. Em 2030, se nada for feito, os gastos com os cânceres que têm associação com esse hábito vão ser em torno de R$30 bilhões e de R$4 bilhões em 2040.
Atividades físicas
Evite o sedentarismo e inclua atividades físicas em sua rotina. Os gastos totais com os cânceres que têm associação com a atividade física insuficiente podem chegar a cerca de R$2,52 bilhões em 2030 e R$3,44 bilhões em 2040.
Consumo de carne processada
Evite consumir carnes processadas em excesso – tais como presunto, mortadela, salame, salsicha, bacon, linguiça, peito de peru, dentre outros. Os gastos totais com o câncer de colorretal, que tem associação com o consumo de carne processada, pode atingir cerca de R$1,03 bilhão em 2030 e R$1,42 bilhão em 2040.
Tabagismo
O hábito de fumar tem relação com vários tipos de câncer e é responsável por cerca de 90% das mortes por câncer de pulmão. O tabagismo também pode contribuir para o desenvolvimento de cânceres de: bexiga, pâncreas, fígado, útero, esôfago, rim e ureter, laringe, cavidade oral, estômago, cólon e reto, faringe, traqueia, brônquios e leucemia mielóide aguda.
Em 2022, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, e em parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) destinou R$ 15 milhões para a área de dispositivos médicos como recursos não reembolsáveis destinados ao desenvolvimento de novas tecnologias na área de oncologia – e também de cardiologia.
A disseminação de informações sobre câncer e também o diagnóstico precoce são fundamentais para buscarmos a redução do número de casos da doença. Fique atento com a sua saúde, insira hábitos saudáveis em sua vida e previna-se! Lembre-se que cada vez mais a tecnologia joga a favor do combate à doença, favorecendo o avanço dos tratamentos e trazendo novas perspectivas aos pacientes.
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Tratamento
A remoção total do testículo (orquiectomia radical) e a retirada parcial (orquiectomia parcial) são alternativas para o tratamento, sendo indicadas previamente a congelação de espermatozoides, reposição de testosterona, se necessária, e implante de prótese testicular, pois a maioria dos homens afetados estão em idade reprodutiva. Dependendo do estágio, quimioterapia e radioterapia são necessárias como complemento.
Mesmo após o tratamento do câncer de testículo o paciente deve manter uma rotina de consultas e exames constantes para acompanhamento. Caso necessite passar com um oncologista, faça o agendamento com hora marcada agora mesmo.