Mariane Fontes MD

Novembro Azul: mês de combate ao câncer de próstata

Novembro Azul: mês de combate ao câncer de próstata

Para reforçar os cuidados com a saúde masculina, o Novembro Azul é o mês de conscientização do combate ao câncer de próstata, doença que mata quase 30% da população masculina – uma morte a cada 38 minutos no Brasil, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Segundo o Ministério das Saúde, seis em cada 10 diagnósticos de câncer de próstata ocorrem em homens a partir dos 65 anos de idade. Em sua fase inicial, a doença costuma se desenvolver de forma lenta e assintomática – por isso é de suma importância a sua detecção precoce.

A partir dos 50 anos é recomendado que os homens realizem o exame de toque retal e o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico). Em casos em que há histórico familiar, sobrepeso e obesidade, ou grupos de riscos (esse tipo de câncer é mais frequente em afrodescendentes), a recomendação é a partir dos 45 anos.

De acordo com o INCA, foram 71.730 casos de câncer de próstata no país em 2022.

Como é o diagnóstico do câncer de próstata?

Solicitado anualmente, o exame de PSA diagnostica alterações específicas da próstata, que podem ser inflamações, infecções, seu crescimento benigno (hiperplasia) e o câncer. Sua dosagem, além do toque retal (que possibilita avaliar o tamanho, textura e formato da próstata – cerca de 20% dos diagnósticos são feitos somente pela alteração no toque retal), serve para indicar a necessidade da biópsia da próstata (retirada de pedaços da glândula para serem analisados em laboratório), que é a única forma de confirmar a suspeita de câncer.

Alterações no exame de PSA também podem fazer o seu médico solicitar exames de imagem (ultrassonografia ou ressonância magnética multiparamétrica da próstata) que auxiliam no diagnóstico e estadiamento.

Sinais e sintomas

A maioria dos casos de câncer de próstata é assintomática, excepcionalmente a doença pode apresentar sinais e sintomas, como:

  • Ejaculação dolorosa;
  • Urina ou sêmen com sangue;
  • Dificuldade para iniciar a micção;
  • Queimação ou dor durante a micção;
  • Fluxo de urina fraco ou interrompido;
  • Urinar com frequência, principalmente à noite (noctúria);
  • Incontinência urinária;
  • Dor que não cessa nas costas, pelve, testículos, coxas ou quadris.

É importante ressaltar que os sintomas descritos acima estão relacionados a outros diagnósticos, inclusive de alterações benignas.

Tratamento para a doença

A opção de tratamento vai depender do estágio do câncer de próstata e de fatores individuais, como o estado de saúde do paciente. Em casos de baixo risco e estágio inicial, a opção pode ser de vigilância ativa, que é o monitoramento cuidadoso da doença sem o tratamento imediato.

A prostatectomia radical é a cirurgia para remover a próstata, que pode ser feita de forma robótica ou por laparoscopia (técnica minimamente invasiva). Já a radioterapia envolve o uso da radiação de alta energia para eliminar as células cancerígenas.

Por fim, a terapia hormonal pode ser uma opção. Ela ajuda a interromper a produção de testosterona no organismo, que é responsável pela multiplicação das células anormais. Assim, em casos em que o câncer de próstata se encontra em metástase e não responde a outros tratamentos, essa terapia é opção.

Como prevenir o câncer de próstata?

Portanto, a adoção de práticas saudáveis em sua rotina – alimentação balanceada, exercícios físicos, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e manter o peso corporal – diminui o risco não só do câncer de próstata, mas também de qualquer outro tipo de doença. Agende uma consulta agora mesmo e mantenha a sua saúde em dia!